segunda-feira, 31 de maio de 2010

Agruras do trânsito de SPaulo (4)

Fora o fato de o pisca-pisca, que indica a intenção de conversão ou parada do motorista, ter sido aposentado (ou ter virado um mero acessório indecifrável para a maioria), o que me deixa estarrecida também são as manobras de conversão.

Vocês já perceberam que a maioria dirige um carro de passeio como se fosse um Scania Vabis? Senão, por que é preciso sair para a esquerda primeiro para fazer uma conversão à direita (ou vice-versa)?!?! Hell! Como ninguém dá sinal, precisamos adivinhar se o sujeito vai mudar de faixa, ou se vai fazer alguma conversão para o lado oposto!

Ah, e tem os vidros hiperinsufilmados... imagine o cara fazendo algum sinal dentro do carro para você, do tipo "pode ir". Não dá para enxergar uma alma viva dentro do carro vizinho! Coisa incrível! O medo da violência urbana transforma-nos em seres cada vez mais individualistas, cortando mais e mais as comunicações com nossos vizinhos, colegas, ou com as pessoas que encontramos pelo caminho. Antes, pelo menos, podíamos fazer um contato olho-no-olho e sinalizar gentilezas: pode ir na minha frente, obrigada pela passagem, bom dia, etc... Hoje, who cares?


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