domingo, 9 de maio de 2010

Vale a pena visitar Cunha (SP)

Hoje de manhã recebi uma mensagem de uma amiga que adora a cidade de Cunha, no interior de São Paulo. Desde o início deste ano, quando Cunha sofreu com as tragédias causadas pelas fortes chuvas, a cidade começou a ver seu movimento turístico reduzir drasticamente. Apesar de a situação já estar normalizada, muitos turistas ainda temem encontrar a cidade em estado precário, ou, pior, enfrentar algum problema com qualquer chuva forte.

A cidade precisa que seu turismo volte ao normal pois dele provém parte da verba municipal. Para tanto, moradores e admiradores de Cunha têm se mobilizado para divulgar amplamente o que a cidade tem a oferecer. Para quem ainda não conhece, vale a pena visitá-la não somente pela paisagem montanhosa, muito linda, com suas cachoeiras e riachos, como também pela importante produção de cerâmica artesanal. Sem contar os inúmeros restaurantes interessantes que há por lá.

Eu conheci Cunha há alguns anos, com alguns amigos, e ficamos numa pequena pousada no meia da mata, num lugar afastado do centro. Um charme. Hoje a pousada cresceu e ficou mais sofisticada. Juntamente com outras pousadas, costumam oferecer pacotes temáticos para finais de semana. Na ocasião, visitamos cachoeiras, caminhamos por riachos e conhecemos vários artesãos com suas incríveis cerâmicas, sobretudo da comunidade japonesa.

Talvez os ceramistas mais famosos de lá sejam o casal Kimiko Suenaga e Gilberto Jardineiro (Ateliê Suenaga & Jardineiro), cujos encontros para a abertura do forno Noborigama são sempre uma festa. A cerâmica deles é delicada, que lembra muito os trabalhos que encontramos no Japão e muito mais voltada aos itens utilizáveis: potes, vasos, tigelas, travessas, terrinas, xícaras, bules, etc. Já no ateliê Mieko e Mário, de Mieko Ukeseki e Mário Konishi, você pode encontrar trabalhos mais contemporâneos, esculturas, peças ornamentais estilizadas.

Ligando Cunha a Paraty há uma estrada terrível (nem sei se não está fechada), de pedra, mas que (se estiver aberta) não deixa de ser uma aventura interessante. Descemos em dois carros: um Astra e um Scenic. Parecíamos duas famílias insanas descendo aquela estrada extremamanete esburacada com dois carros urbanos. O melhor mesmo é um 4x4, ou um fusquinha mesmo! Descemos a 10 km/h --- mais rápido era impossível. Mas a paisagem é de tirar o fôlego! Chegamos em Paraty sãos e salvos, mas voltamos por São Luiz de Paraitinga!

GLOBO RURAL
Mãos de argila
Artesãos de Cunha, SP, criam peças de beleza singular e transformam a cerâmica em atração turística
Texto Keila Cândido
Fotos Fernanda Bernardino




VISITE CUNHA
Para obter informações sobre hospedagem, alimentação e o que fazer em Cunha, consulte também
Prefeitura Municipal (12) 3111-5000
Coordenadoria de Turismo e Cultura (12) 3111-2630
turismoculturacunha@yahoo.com.br 

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