segunda-feira, 21 de maio de 2012

Água mole em pedra dura...

Educar um filho não é fácil. Educadores, psicólogos, sociólogos, pediatras, familiares, vizinhos, amigos, bichos de estimação.... todo mundo pensa que sabe mais sobre como bem educar nossos filhos. Todo mundo tem experiência, sabe das coisas.

Médicos, psicólogos e educadores são os mais complicados. 

Você consulta uma ala de médicos/psicólogos/educadores que jura que seu filho deve mamar até os 10-20-30 anos, ou enquanto a mãe tiver paciência (ou quem vencer primeiro); já outros dizem que tudo isso é bobagem e nem é preciso dar o peito por mais que dois-três primeiros meses depois de nascer. Quem está certo?

Daí seu filho já está esboçando um mnmnnn-mnmnnm e começa a escolha da escola. Pergunta para as escolinhas locais se seria bom colocá-lo para "estudar" logo. Ah, lógico que sim, ficar na companhia de amiguinhos, fazer troca-troca de vírus e bactérias, tudo muito importante e o quanto antes melhor. Daí você começa a ler tudo quanto é artigo sobre Piaget, Vygotsky, Wallon, Freire.... e, nossa, será que é mesmo bom colocar o seu filho numa escolinha em tão tenra idade? Será que não é melhor oferecer a ela a sua companhia antes de mais nada?

Alfabetizar ou não com dois anos de idade? Melhor com cinco ou com seis? A linha pedagógica X acha que é ruim começar antes; já a linha Y acha que é necessário expôr a criança logo ao munda da leitura. Tudo muito confuso. 

Nesse meio de campo, seu filho está lá, como uma bola de pingue-pongue entre a raquete da linha X e outra da linha Y, para o resto da vida dele.

Estatisticamente falando, nada foi provado. A mãe vai precisar usar o seu bom senso e avaliar as possibilidades. Melhor é dar uma olhadinha nas crianças que conhece e traçar um perfil. Fazer como a equipe do Criminal Minds: juntar dados e analisar os resultados das ações dos pais nas crianças. Já reparei que crianças bem resolvidas, tranquilas e interessadas têm pais com comportamentos parecidos. Daí para saber como é que nós, pais, poderíamos nos comportar é um passinho. Nem sempre é possível, porque cada um de nós tem uma personalidade, uma realidade de vida, de trabalho, de estresse diário. Mas, pensando no futuro da criança, acho que vale a pena ter mais autocontrole, perseverança, educação, ética. Investir na cultura geral da criança, sim, sempre. E nunca achar que somos donos da verdade. Estamos aprendendo sempre. Sempre haverá pessoas interessantes para nos inspirar, mas é preciso querer enxergá-los.

Hoje meu filho tem 12 anos. Aos 3-4 anos começou com musicalização, depois com 7-8 anos escolheu o violão para aulas individuais e continuou com o trabalho musical em grupo. Passou para guitarra e juntou-se a uma banda de rock da escola de música. Juntou-se também a uma banda de rock da escola fundamental. Lógico que ele já sentiu muita preguiça de ir às aulas de música, mas eu nunca deixei desistir, porque foi uma escolha dele querer fazer violão/guitarra. Hoje, vendo a sua evolução e o quanto ele curte tocar violão e guitarra, acho que não errei ao insistir que ele continuasse seus estudos.

Daqui para a frente, tudo será mais complicado... a adolescência vem aí! Melhor é manter a calma!



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